Precisava conversar com alguem, alguem que nao a entendesse necessariamente, mas pelo menos se esforçasse. Ou realmente queria alguem que a entendesse. É. Acho que era isso, de fato.
Foi até a casa de uma amiga na esperança de levar um bom papo, rir e talvez até dormir por lá.
Chamou, chamou, mas ninguem apareceu! Sentou na calçada olhando pro nada, calma - aparentemente, na esperança de aparecer alguém pra fazer-lhe companhia. Ninguem!
Voltou pra casa em passos lentos, mais lentos ainda quando resolvia parar pra levantar a calça que caia a medida que chegava a uma esquina, e outra, e outra ...
Pensou que queria andar. E de fato queria, mas aquela cidade estava tao perigosa , e já era tao tarde, mas nao se importava, queria apenas andar sem sentir direito o chão tocando o solado de seu sapato, sem sentir o vento gelado batendo em seu rosto, mas nao se importava, estava agasalhada e com os cabelos presos, e o vento nao iria bagunçar seu penteado ...
Chegou a esquina de sua casa, e a tristeza tornava atormentar-lhe o pensamento. Tinha que voltar, mas nao queria, andava em frente, mas seus pés queriam dar meia volta e sair correndo. Nao correu! Apenas andou, e andou. Tirou a chave de dentro do casaco, abriu o portão pesado e duro e entrou ... Nao queria estar ali, mas como meu Deus? Ali era sua casa! Deveria ficar feliz em voltar pra lá, mas nao, era o contrário. Sempre hesitava quando o assunto era ''lar, doce lar''. Seria ele tao doce assim?
Sua alma chora todas as noites, molhando o papel que escrevo, e escrevo, sem sentir, na esperança do tempo passar, e mais rápido seu fim chegar.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Por que estamos tão perto e tão longe?

segunda-feira, 21 de junho de 2010
São poucas
as pessoas de quem eu gosto realmente e mais restrito ainda o número daquelas de quem eu faço bom juízo. Quanto mais conheço o mundo, maior é meu descontentamento por ele; e cada dia confirma a minha crença na inconsistência de todos os caracteres humanos e na pouca confiança suscetível de ser depositada na aparência tanto do mérito quanto do bom senso.
domingo, 13 de junho de 2010
Escolha,
terça-feira, 1 de junho de 2010
Somos presente, passado e futuro
Você não existe. Eu não existo. Mas estou tão poderoso na minha sede que inventei a você para matar a minha sede imensa. Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos um ao outro, porque éramos tudo o que precisávamos, para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado. Então e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito num só, esse é o eterno.
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